ANFA 2020 | Abordagem para categorizar os efeitos da arquitetura no cérebro
top of page
WIX BANNER TÍTULOS.jpg

ANFA 2020 | Abordagem para categorizar os efeitos da arquitetura no cérebro

Por Andréa de Paiva Como os espaços que criamos podem afetar as pessoas que os ocupam? Perguntas como essa têm motivado arquitetos, designers, psicólogos e neurocientistas. A forma como as pessoas se adaptam ao ambiente físico pode ser influenciada por vários fatores, o que dificulta a compreensão de maneira mais completa da relação dos indivíduos com os espaços. Portanto, este trabalho representa uma tentativa de organizar e categorizar algumas das muitas variáveis ​​que podem influenciar como os edifícios e as cidades podem afetar os indivíduos. Com base em um artigo publicado em conjunto com o psicólogo Richard Jedon sobre os efeitos do meio físico sobre o cérebro, este trabalho propõe uma forma de categorizar os efeitos analisados ​​para facilitar futuras investigações neste campo. A maneira como as pessoas se adaptam ao ambiente físico pode ser influenciada por vários fatores, como genética, memórias aprendidas e a frequência e duração da exposição ao ambiente. Além disso, o cérebro e o corpo interagem ativamente com o ambiente físico: as pessoas estão sempre envolvidas em algum tipo de atividade, como trabalhar, descansar, comprar, aprender, recuperar, lembrar e criar. Todas essas variáveis afetam como a arquitetura pode influenciar os indivíduos, o que torna a NeuroArquitetura um campo desafiador a ser pesquisado. Não só isso, mas algumas delas são difíceis de medir e testar. Por ser um dos mais fáceis de controlar e medir, o tempo pode ser considerado uma forma de diferenciar os grupos de espaços e efeitos: espaços que são ocupados por um curto período de tempo (exposição curta) ou espaços que são ocupados por um longo período período de tempo contínua ou frequente (exposição de longa duração) e efeitos de curta ou longa duração. O objetivo deste trabalho é categorizar os efeitos da arquitetura no cérebro de acordo com o tempo / frequência de ocupação de um espaço (exposição de curta ou longa duração) e a permanência do efeito (curta ou longa duração. efeito). Essa divisão leva a quatro combinações possíveis: (i) exposição de curto prazo, efeito de curto prazo (alteração rápida do maquinário existente para operar de forma otimizada em uma nova condição ambiental); (ii) exposição de longo prazo, efeito de longo prazo (reorganização lenta do maquinário existente para se adaptar ao meio ambiente); (iii) exposição de curto prazo, efeito de longo prazo (mistura dos dois itens anteriores); e (iv) exposição de longo prazo, efeito de curto prazo. Uma vez que a complexidade que envolve a relação entre os indivíduos e o ambiente físico torna tão desafiadoras as pesquisas neste campo, o objetivo dessa proposta de categorização é ajudar arquitetos e neurocientistas a estruturarem seus pensamentos e pesquisas futuras, bem como facilitar discussões entre profissionais dessas duas áreas diferentes.

ANFA2020 neuroarquitetura andréa de paiva NeuroAU
Trabalho apresentado na ANFA2020

Para acessar o pdf do pôster, clique aqui.


Quer saber mais sobre o tema? Siga a gente no Facebook ou Instagram! =)


Referências:


[1] Crick, F. (1979) Thinking About The Brain. Scientific American. Vol. 241; Iss. 3. p.232

[2] Crick, F., Koch, C. (2003)A framework for consciousness. Nature Neuroscience2003 Vol.6. Iss. 2. p.119

[3] Damasio, A., 2018. The Strange Order of Things: Life, Feeling, and the Making of Cultures. New York. Pantheon

[4] McClure, M., Li, J., Tomlin, D., Cypert, K., Montague, L., Montague, R. (2004) Neural Correlates of Behavioral Preference for Culturally Familiar Drinks. Neuron. Volume 44, Issue 2, 14 October 2004, Pages 379-387

[5] Gibson, JJ. (1966) The senses considered as perceptual systems. Boston: Hughton Hifflin.

[6] Ulrich, R. (1984) View Through a Window May Influence Recovery from Surgery. Science 224(4647):420-1

[7] Salingaros, N. (2015) “Biophilia and Healing Environments: Healthy Principles For Designing the Built World”. New York: Terrapin. Bright Green, LLC.

[8] Paiva, A., Jedon, R. (2019) Short- and long-term effects of architecture on the brain: Toward theoretical formalization. Frontiers of Architectural Research. Volume 8, Issue 4, December 2019, Pages 564-571

[9] Diamond. M., R. Bennett, E., Rosenzweig, M., Lindner, B., Lyon, L. (1972) Effects of environmental enrichment and impoverishment on rat cerebral cortex. Journal of Neurobiology Vol 3. Iss 1. Pages 47-64

[10] Diamond. M., R. Bennett, E., Rosenzweig, M., Morimoto, H., Hebert, M. (1974) Effects of successive environments on brain measures. Physiol Behav. 1974 Apr;12(4):621-31. doi: 10.1016/0031-9384(74)90212-1

[11] Diamond, M. (2001) Response of the Brain to Enrichment. An. Acad. Bras. Ciênc. vol.73 no.2

[12] Diamond. M., Ingham, C. Johnson, R. Bennett, E., Rosenzweig, M. (1975) Effects of environment on morphology of rat cerebral cortex and hippocampus. Journal of Neurobiology 7(1):75-85

[13] Praag, H., Kempermann, G., Gage, F.H.(2000). Neural consequences of enviromental enrichment. Nature ReviewsNeuroscience, 1, 191-198.

[14] Gage, F. (2004) Structural plasticity of the adult brain. Dialogues in clinical neuroscience 6(2):135-41

[15] Mortensen, PB, Pedersen, CB, Westergaard, T., Wohlfahrt, J., Ewald, H., Mors, O., Andersen PK., Melbye, M. (1999) Effects of Family History and Place and Season of Birth on the Risk of Schizophrenia. Boston Medical and Surgical Journal1999 / 02 Vol. 340; Iss. 8

[16] Lewis G, David A, Andréasson S, Allebeck P.(1992) Schizophrenia and city life. Lancet. 1992 Jul 18;340(8812):137-40.

[17] Arai, J.A., Feig, L.A. (2011) Long-lasting and transgenerational effects of an environmental enrichment on memory formation. Brain Research Bulletin 85 (2011) 30–35

[18] Münzel, T., Gori, T., Babisch, W., Basner, M. (2014) Cardiovascular effects of environmental noise exposure. Eur Heart J. 2014 Apr 1; 35(13): 829–836.

[19] Damasio, A. (1999) The Feeling of What Happens. HARCOURT BRACE & COMPANY

[20] Kandel, E. (2006) In Search of Memory. W. W. Norton & Company: New York.

[21] Schimid, S., Wilson, D., Rankin, C. (2015) Habituation mechanisms and their importance for cognitive function. Front. Integr. Neurosci., 08 January 2015

[22] Gorostiza, E. (2018) Does Cognition Have a Role in Plasticity of “Innate Behavior”? A Perspective From Drosophila. Front Psychol. 2018; 9: 1502.

[23] Griffiths, P. (2009) The Distinction Between Innate and Acquired Characteristics. Stanford Encyclopedia of Philosophy. Accessed in July 1st, 2020.

[24] Nicolélis, M (2011) Beyond Boundaries: the new neuroscience of connecting brains with machines – and how it will change our lives. New York: Henry

[25] Snowdon, D. (2003) Healthy Aging and Dementia: Findings from the Nun Study. Ann Intern Med. 2003;139:450-454

[26] Schaie, W. (1994) The Course of Adult Intellectual Development. American Psychologist. Vol. 49. No. 4. 304-313












2.679 visualizações
bottom of page